terça-feira, 20 de outubro de 2009

CARTA DE UM POLICIAL PARA UM BANDIDO


CARTA DE UM POLICIAL PARA UM BANDIDO:

Senhor Bandido.

Esse termo de senhor que estou usando é para evitar que macule sua imagem ao lhe chamar de bandido, marginal, delinquente ou outro atributo que possa ferir sua dignidade, conforme orientações de entidades de defesa dos Direitos Humanos.

Durante vinte e quatro anos de atividade policial, tenho acompanhado suas "conquistas" quanto à preservação de seus direitos, pois os cidadãos, e especialmente nós policiais, estamos atrelados às suas vitórias, ou seja, quanto mais direito você adquire, maior é nossa obrigação de lhe dar segurança e de lhe encaminhar para um julgamento justo, apesar de muitas vezes você não dar esse direito às suas vítimas.

Todavia, não cabe a mim contrariar a lei, pois me ensinaram que o Direito Penal é a ciência que protege o criminoso, assim como o Direito do Trabalho protege o trabalhador, e assim por diante.

Questiono que hoje em dia você tem mais atenção do que muitos cidadãos e policiais. Antigamente você se escondia quando avistava um carro da polícia; hoje, você atira, porque sabe que numa troca de tiros o policial sempre será irresponsável em revidar. Não existe bala perdida, pois a mesma sempre é encontrada na arma de um policial ou pelo menos a arma dele é a primeira a ser suspeita.

Sei que você é um pobre coitado. Quando encarcerado, reclama que não possuímos dependências dignas para você se ressocializar. Porém, quero que saiba que construímos mais penitenciárias do que escolas ou espaço social, ou seja, gastamos mais dinheiro para você voltar ao seio da sociedade de forma digna do que com a segurança pública para que a sociedade possa viver com dignidade.

Quando você mantém um refém, são tantas suas exigências que deixam qualquer grevista envergonhado.

Presença de advogados, imprensa, colete à prova de balas, parentes, até juízes e promotores você consegue que saiam de seus gabinetes para protegê-los. Mas se isso é seu direito, vamos respeitá-lo.

Enfim, espero que seus direitos de marginal não se ampliem, pois nossa obrigação também aumentará.Precisamos nos proteger. Ter nossos direitos, não de lhe matar, mas sim de viver sem medo de ser um policial.

Dois colegas de vocês morreram, assim como dois de nossos policiais sucumbiram devido ao excesso de proteção aos seus direitos. Rogo para que o inquérito policial instaurado, o qual certamente será acompanhado por um membro do Ministério Público e outro da Ordem dos Advogados do Brasil, não seja encerrado com a conclusão de que houve execução, ou melhor, violação aos Direitos Humanos, afinal, vocês morreram em pleno exercício de seus direitos.

Autor:
Wilson Ronaldo Monteiro
Delegado da Polícia Civil do Pará


MST e a CPI
Hoje quero falar do assunto MST:
Recebemos informaçõa que parlamentares do DEM informaram que vão protocolar nesta terça o requerimento que pede a instalação da CPI mista para investigar supostas irregularidades nos repasses de recursos da União via entidades para o Movimento Rural dos Trabalhadores Sem Terra (MST). Será a segunda vez que a oposição tenta instalar a comissão. Na primeira, os governistas conseguiram retirar assinaturas suficientes para impedir o início dos trabalhos da CPI.
Existe muita opnião sobre MST para alguns O MST ATE COMEÇOU COM A IDEIA DE TERRA PARA TRABALHAR MAS HOJE NADA MAIS E QUE UMA QUADRILHA DE BANDIDOS E ASSALTANTES E UNS PULHAS SUSTENTADOS POR PROMESSAS DE POLITICOS E DESVIO DE DINHEIRO PUBLICO EM TROCA DE VOTOS DE PESSOA BURRAS E IMBECIS E UMA GUERRILHA TAL QUAL A FARC.
E piorou a opinião contrária, depois que muitos acham que o problema é que esses sem terra querem invadir o que não é deles,eu acho um absurdo. Agora invadir terras que além de produtivas geram empregos. Eles fazem parte do Pessoal que quer ganhar sem Trabalhar,

O MST é detestado por todos: da direita ruralista à esquerda chavista, passando por tucanos, petistas, psolentos, verdes, azuis e amarelos. Mesmo os que fingem apoiar o MST o detestam. Isso porque há uma antipatia ancestral e inata contra o MST, esse arquétipo de nosso inconsciente coletivo, esse cancro irremovível que insiste em nos lembrar, mesmo nos períodos de bonança, que fomos o último país do mundo a abolir a escravidão e continuamos sendo uma nação que jamais fez a reforma agrária.
O MST é o espelho que reflete o que não queremos ver. Há duas questões, na vida nacional, que contradizem qualquer discurso político da boca pra fora e revelam qual é, mesmo, de verdade, a tendência ideologica de cada um de nós, brasileiros: a violência urbana e o MST. Diante deles, aqueles que até ontem pareciam ser os mais democráticos e politicamente esclarecidos passam a defender que se toque fogo nas favelas, que se mate de vez esse bando de baderneiros do campo, malditos direitos humanos!
O MST nos faz atentar para o fato de que em cada um de nós há um Esteban de A Casa dos Espíritos; há o ditador, cuja existência atravessa os séculos, de que nos fala Gabriel García Márquez em O Outono do Patriarca; há os traços irremovíveis de nossa patriarcalidade latinoamericana, que indistingue sexo, raça, faixa etária ou classe social: O MST é o negro amarrado no tronco, que chicoteamos com prazer e volúpia. O MST é Canudos redivivo e atomizado em pleno século XXI. O MST é a Geni da música do Chico Buarque - boa pra apanhar, feita pra cuspir ? com a diferença de que, para frustração de nossa maledicência, jamais se deita com o comandante do zeppelin gigante. E, acima de tudo, O MST é um assassino de laranjas! E ainda que as laranjas fossem transgênicas, corporativas, grilheiras, estivessem podres, com fungos, corrimento, caspa e mau hálito, eles têm de pagar pela chacina cítrica! Chega de impunidade! Como o João Dória Jr., cansei! Jornalismo pungente
Afinal, foi tudo registrado em imagens ? e imagens, como sabemos, não mentem. Estas, por sua vez, foram exibidas numa reportagem pungente, mais um grande momento da mídia brasileira, merecedora, no mínimo, do prêmio Pulitzer. Categoria: manipulação jornalística. aquela cara de dominatrix indignada; ele soergueu uma das sobrancelhas por sob a mecha branca e, além dos litros de secreção a inundar em pleno sofá da sala, o gesto trouxe à tona a verdade inextricável: os ? agentes? do MST são um bando de bárbaros. (Para quem não viu a reportagem, informo, a bem da verdade, que ela cumpriu à risca as regras do bom jornalismo: após uns dez minutos de imagens e depoimentos acusando o MST, leu, com cara de quem comeu jiló com banana verde, uma nota de 10 segundos do MST. Isso se chama, em globalês, ouvir o outro lado.) Desde então, setores da própria esquerda cobram do MST sensatez, inteligência, que não dirija seu exército nuclear assassino contra os pobres pés de laranja indefesos justo agora, que os ruralistas tentam instalar, pela 3ª vez, como se as leis fossem uma questão de tanto bate até que fura, uma CPI contra o movimento (afinal, é preciso investigar porque o governo ? dá? R$155 milhões a ?entidades ligadas ao MST?, mesmo que ninguém nunca venha a público esclarecer como obteve tal informação, como chegou a esse número, que entidades são essas nem qual o grau de sua ligação com o MST: O Incra, por exemplo, está nessa lista como ligado ao MST?). A insensatez dos miseráveis. Ora, o MST é um movimento social nascido da miséria, da necessidade e do desespero. Eles estão em plena luta contra uma estrutura agrária arcaica e concentradora. Não se pode esperar sensatez de movimentos sociais da base da pirâmide social, que lutam por um direito básico do ser humano. Pelo contrário: é justamente a insensatez, a ousadia, a coragem de desafiar convenções que faz do MST um dos únicos movimentos sociais de fato. "O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra é uma das únicas organizações a, de fato, defender os pobres no Brasil", afirma o ex-ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira. Será?? Ele é duro na queda porque conta com o Apoio do PT e do Presidente. Bem, isto posto hoje vamos ver o requerimento da oposição deverá ser protocolado por volta das 16h. A partir daí, começa o movimento da base aliada para retirada de assinaturas. Os governistas tem até a 0h de quarta-feira, dia da leitura do requerimento, para retirar as assinaturas necessárias e inviabilizar a CPI. Para sair do papel, a comissão mista precisa dos nomes de 171 deputados e 27 senadores